Apesar de
ser uma escola religiosa e com práticas de ensino tradicionais, tenho
recordações de algumas atividades interdisciplinares executadas no ensino
fundamental. Como por exemplo, as aulas de campo e a feira de ciências
integrada com diversas disciplinas e com a comunidade. No entanto,
majoritariamente, as premissas da teoria comportamentalista, baseada no ensino tradicional, moldavam o processo
de ensino-aprendizagem, nas quais os alunos apenas recebiam as informações
jogadas pelo professor e as decorava para fazer a prova. Lembro que em todas as
salas de aula, a partir do ensino fundamental, existia uma parte na frente da
sala superior a área onde ficavam as carteiras dos alunos, destacando o
professor como o “dono” da sala de aula.
A questão
da autoridade e imposição de medo nos alunos também era perceptível dentro e
fora da sala de aula. A foto abaixo expressa uma recordação negativa
relacionada ao autoritarismo do professor, na qual eu estava chateada e
chorando porque meu parceiro na quadrilha do São João tinha acabado de me
chamar de feia e eu não queria mais participar da apresentação. No momento da
foto eu tinha pedido a professora para chamar meus pais, mas ela disse que não
ia chamar e eu tinha que participar da dança. Desde esse dia não quis mais
participar das apresentações da escola, mesmo gostando sempre de participar
(ver fotos de outras apresentações da escola das quais tenho várias lembranças
boas).
Diante
do exposto, noto o quanto as práticas associadas ao ensino tradicional podem
trazer consequências no processo de escolarização dos estudantes e no
desenvolvimento de um ser pensante e crítico. A postura vertical e
hierarquizada, característica da educação diretiva, classifica o aluno como
incapaz de buscar conhecimentos. O condicionamento operante acaba moldando o
aluno, através da forma alienada de aprendizagem, com implicações negativas no
seu processo de formação. Além disso, muitas práticas escolares utilizam recompensas
e punições no processo educativo que não devem acontecer.
#Chateadacomaprofessora
#Monaestavaemtodas
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